Educação Infantil

O Colégio Imaculada Conceição, orientado e dirigido pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, foi fundado por Irmã Paula Boisseau, em 08 de maio de 1895, numa das dependências da Santa Casa de Misericórdia. Em 1900 passou a funcionar o atual prédio, à Avenida Irmã Paula, 216, em Barbacena, Minas Gerais e teve reconhecimento Estadual nº 1614, em 07 de junho de 1903. Oferece às crianças, sem qualquer discriminação, a Educação Infantil, conforme a nova LDB, Lei 9394/96 de 23/12/96 e demais disposições atinentes:

A Educação Infantil cumpre um papel socializador, possibilitando a construção da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas em situações de interação diversas. Nesse sentido, o trabalho da Educação Infantil deve levar em conta três aspectos fundamentais: educar, cuidar e brincar.

Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos produzidos pela cultura.

Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. Nesse sentido, o ambiente e a rotina de trabalho são organizados para atender às necessidades das crianças, bem como favorecer a socialização, a cooperação e o desenvolvimento autônomo de habilidades. O uso do banheiro, higiene pessoal, lavar, enxugar, limpar, guardar, despir, vestir e calçar a si própria e ajudar as outras crianças, tornam-se aprendizagens importantes e é fundamental observar, ouvir e respeitar a criança. Seu comportamento pode “dar pistas” não apenas das suas necessidades, mas também da qualidade do tratamento que está recebendo.

Brincar é uma atividade necessária à criança, pois promove o seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. Quando brinca, a criança situa-se em uma via de mão dupla, pois ao mesmo tempo em que entra em contato com a cultura, também produz elementos culturais próprios da infância. O brincar ocorre no plano da ação física e da imaginação, pois quando a criança brinca, utiliza diferentes modalidades de linguagens, ligadas à corporeidade, ao gesto, expressão facial, às emoções e ao simbólico.

EIXOS DE TRABALHOS – CONHECIMENTO DE MUNDO

1. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

“Aprender uma língua” não é somente aprender as palavras, mas também os seus significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sócio-cultural entendem, interpretam e representam a realidade.

A Educação Infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.”

A língua é um sistema de signos histórico e social, que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil).

2. MATEMÁTICA

O conhecimento matemático ( contagem, relações de quantidade, relações espaciais, propriedades geométricas, medições, etc.) é construído pelas crianças desde suas relações sociais iniciais na cultura da qual participa.

A apropriação do conhecimento matemático não se circunscreve à aprendizagem de técnicas e cálculos. Está permeada pela oralidade, que requer o uso da linguagem materna para a efetiva comunicação do raciocínio lógico-matemático empreendido pela criança (falar, ouvir, ler, escrever, representar). Segundo Smole e Diniz, a língua materna, em nosso caso a língua portuguesa, serve como meio entre o pensamento matemático e suas representações, estabelecendo conexões entre ideia e palavra, entre escrita e compreensão, ou seja, propiciando a apropriação.

A educação matemática nessa fase de escolaridade das crianças, tem como estratégias principais o jogo e a resolução de problemas. Essas estratégias, principalmente o jogo, possibilitam a internalização dos conhecimentos matemáticos. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)

3. ARTES VISUAIS

As Artes Visuais constituem-se de linguagens que estão presentes no cotidiano da vida infantil. Em muitas propostas, a prática de Artes Visuais é entendida como mero passatempo, destituída de significados. No entanto, ao rabiscar, desenhar, pintar, colar, etc., a criança pode se expressar, comunicar e atribuir sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e à realidade.

Esse eixo deve trabalhar com a alfabetização estética e com a educação dos sentidos, por meio do conhecimento artístico (produto cultural e histórico, diversidade de concepções; artistas e artesãos), da apreciação e da produção artística.

A apreciação em Artes é o trabalho de observar atentamente imagens, sons, movimentos e representações, indagando, questionando e, assim, aprendendo a ver mais do que a simples aparência. A produção significa pintar, cantar, confeccionar fantoches, dançar, enfim, “fazer”. Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo a produção de outras culturas, a criança poderá compreender a diversidade de valores que orientam os diferentes modos de pensar e agir. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)

4. NATUREZA E SOCIEDADE

Esse eixo trata da interação da criança com o meio natural e social, respeitando diferenças, especificidades, abordagens e enfoques do campo da Ciência Social e Natural.

Como “olhar não é necessariamente ver”, o aluno precisa ser estimulado a observar e a refletir sobre o mundo que o cerca, e a partilhar suas conclusões com o grupo. Igualmente importante é a percepção de si mesmo como ser vivo, em crescimento e em desenvolvimento, estabelecendo hábitos de vida saudáveis.

Todas as atividades permanentes do grupo contribuem, de forma direta ou indireta, para a construção de identidade e o desenvolvimento da autonomia, uma vez que são competências que perpassam todas as vivências das crianças. Algumas delas, como a roda de conversas e o faz de conta, porém, constituem-se em situações privilegiadas para a explicação das características pessoais, para a expressão dos sentimentos, emoções, conhecimentos, dúvidas e hipóteses quando as crianças conversam entre si e assumem diferentes personagens nas brincadeiras. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)

5. MOVIMENTO

As crianças desde que nascem, movimentam-se, apropriando-se do controle e da interação do seu próprio corpo com o mundo, expressando sentimentos, emoções e pensamentos, por meio de gestos, de expressões, de seu tônus e de diferentes posturas corporais. Movimento e expressividade corporal são fundamentais inclusive na construção da identidade da criança.

As práticas relativas ao Movimento exploram, além das capacidades físicas das crianças, o pensamento, a criatividade, a resolução de problemas, a criticidade e as relações de tempo e de espaço, ou seja, da cabeça aos pés a criança se compromete com o movimento de suas aprendizagens pois, assim como devemos lembrar que a cabeça tem um corpo, temos que considerar que o corpo tem uma cabeça. Tem-se como pressuposto a criança por inteiro, sem dicotomizar corpo e pensamento. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)

6. MÚSICA

A Música é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos. É na articulação das propriedades formadoras do som – altura, duração, timbre e intensidade – que surge a música. O trabalho com esse eixo deve permitir à criança: perceber como foram tratadas as propriedades do som na composição musical, assim como qual foi a intenção do compositor; aprender a ouvir e compreender o que ouve para produzir e apreciar a arte musical; relacionar gestos e o movimento corporal ao trabalho musical. O trabalho com a Música deve respeitar o nível de percepção e desenvolvimento das crianças em cada fase, bem como as diferenças socioculturais. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)

7. FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL – IDENTIDADE E AUTONOMIA

A identidade da criança é construída, de forma gradativa, por meio das interações sociais que ela vai desenvolvendo. “A maneira como cada um vê a si próprio depende também do modo como é visto pelos outros. O modo como os traços particulares de cada criança são recebidos por quem com ela convive tem um grande impacto na formação de sua personalidade e de sua autoestima, já que sua identidade está em construção”.